O PODER DA “ÚLTIMA IMPRESSÃO”

Nossa identidade, nossos aprendizados, nossos gostos. Tudo isso e muito mais é resultado não apenas das nossas experiências, mas principalmente das nossas memórias. A  lembrança  do que vivemos, é o que fica de concreto para nós, depois que a experiência termina.

A memória é tão importante, que se tornou objeto de estudos de incontáveis pesquisadores ao longo das últimas décadas. Hoje já se conhece mais do que há cinquenta anos, mas ainda há muitas questões a serem respondidas.

No imaginário popular, a memória seria algo como um grande gravador em nosso cérebro. Aperta-se o botão “gravar” a cada experiência, e posteriormente o botão “play back” para nos lembrarmos dela.  Seria bom se fosse verdade, pois garantiríamos o registro de tudo o que vivemos. Mas a realidade é bem diferente.  A maior parte de nossas experiências é perdida. Conseguimos reter, em longo prazo,  apenas uma parcela pequena delas.

Mas, o que determinaria essa parcela pequena do que lembramos? Segundo o psicólogo israelense, radicado nos Estados Unidos, Daniel Kahneman, nossa memória é profundamente influenciada pelos picos mais intensos e significantes da experiência, e pelo final dela. Ele chamou esse fenômeno de Regra do Pico-fim (Peak-end rule).

É fácil identificarmos a importância dos “picos”, já conseguimos perceber claramente o impacto dos momentos mais intensos e significantes da experiência sobre a nossa memória. Mas, e o final da experiência?  Kahneman explica de forma bastante didática nesse Ted Talk os experimentos que o levaram a essa conclusão. Mas, ele não deixa espaço para  dúvidas, de que são os picos de intensidade e a maneira como uma experiência termina, que determinarão o que lembraremos.

Particularmente, gosto muito dessa teoria e alerto meus clientes a leva-la em consideração quando precisam fazer apresentações em público. Todo o planejamento e cuidado ao longo da apresentação devem culminar num encerramento a altura do conteúdo. Portanto, se você quer que seu conteúdo seja lembrado de uma forma positiva depois que você terminar de falar, reserve para o final  alguma informação impactante ou algo que ilustre sua mensagem final, como um vídeo ou uma citação, por exemplo. Garanto que, além do seu público sair  impactado, você  e seu conteúdo  serão lembrados de uma forma muito mais robusta.

Boa sorte!

 

 

 

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