Tudo o que é revelado por intermédio das palavras é chamado de comunicação verbal. Já o que é revelado subliminarmente, por meio de outros canais, (como o tom de voz, o ritmo, a quantidade de pausas, por exemplo) é denominado não –verbal.
Para
ser mais exata, tudo o que é visível de imediato, num contato interpessoal, é
considerado não verbal. Aí se incluem informações que são enviadas antes mesmo
de começarmos a falar. Nossa postura,
expressão facial, gestos e até mesmo o vestuário já se encarregarão de enviar várias
informações a nosso respeito. Aliás, essas informações podem influenciar fortemente
a primeira impressão que passamos às outras pessoas. Elas poderão se confirmar
ou não à medida que o contato interpessoal
evolui.
Mas por
hora vamos nos concentrar nas informações que a nossa voz carrega. Em primeiro
lugar, vamos observar a diversidade de vozes a que estamos expostos… Cada uma
das pessoas que conhecemos tem uma voz característica, não é mesmo? Com certeza
conseguimos nos lembrar de algumas dessas pessoas cujas vozes nos marcaram.
Quer ver só? Você consegue se lembrar de
alguém que tem a voz grave? E de alguém que te marcou por ter a voz muito
aguda, estridente? E tantas outras fortes, fracas suaves, tensas, trêmulas,
soprosas. Não é preciso fazer
muito esforço para lembrarmos…
Mas será
que o impacto causado por uma voz grave e outra aguda é o mesmo, sobre quem
ouve? Qual será o impacto de uma voz fraca demais, sobre o ouvinte? O que ela
revela? E a sua voz?
Qual é
o impacto que a sua voz provoca em seus ouvintes?
Não é
possível estabelecermos uma correlação direta e fixa, pois o impacto que nossas
vozes provoca é subjetivo por natureza. Entretanto, segundo a literatura
especializada, há alguns indícios que garantem que algumas correlações podem
ser feitas. Veja só: vozes graves e
fortes remetem a autoridade e domínio. Já as vozes agudas e/ou fracas remetem à
insegurança e submissão. Pessoas que
falam rápido demais transmitem sensação de ansiedade, e as que falam lento
demais geram desinteresse e revelam pouca energia.
Nem
sempre essas impressões se confirmam. Mas, a avaliação dos ouvintes sobre as
vozes é quase sempre unânime. Mesmo quando nossas vozes transmitem
uma informação equivocada a respeito de nossa personalidade ou estado
psicológico, há um consenso nessa interpretação.